20 de jan. de 2013
Por que me mudei?
Por que me mudei?
Ontem fez
uma semana desde que me mudei. Sair de Copacabana, onde morei por 28 anos, e ir
para o Andaraí foi um passo muito, muito grande. Mas, então, surgiram as
perguntas.
- Por que sair de Copacabana e ir pro Andaraí?
Porque
é onde posso me bancar sozinha. Amo e sempre amarei Copacabana e a Zona Sul,
mas não tenho a menos condição de me bancar ali. Só para vocês terem noção, o IPTU
de onde eu morava é cerca de seis vezes mais alto que o meu atual...
- Por que me mudar?
Porque
sim. Porque já tinha chegado a hora. Aliás, já tinha até passado.
Já
havia morado fora algumas vezes, na Flórida, na Califórnia, em Buenos Aires, em
São Paulo e em Porto Alegre. Sim, muitos lugares, e em todos paguei aluguel e
despesas, mas sempre com outras pessoas, nunca totalmente sozinha. Esta é minha
primeira vez. Por um lado, todas essas experiências me ajudaram a ganhar a
confiança de, hoje, eu dar esse passo sem medo.
Também
acho confortável demais continuar na casa dos meus pais, afinal, eles bancam
tudo para mim e eu usaria meu salário apenas para custear meus próprios luxos. Claro
que isso é bom, porém, chega uma hora na vida adulta que você começa a ter
coisas demais para um quarto só, ou quer mudar os móveis de lugar, etc. Isso
significa que você precisa de um espaço só seu, com seu jeito, suas regras. Não
acho errado quem pensa assim, mas sou do tipo de gente que realmente precisa
ter o comando da própria vida, ainda que isso exija sacrifícios.
Ficar
com meus pais é confortável, confortável demais, e eu preciso de desafio. Ficar
significa me acomodar ao conforto; mudar significa abrir mão do supérfluo e
valorizar o essencial.
- Mas você casou? Vai morar com quem?
Não,
não casei. Tô bem longe disso. E vou morar comigo mesma, ou seja, sozinha.
Bom, eu
e meus 1037 livros. =)
Acontece
que sou meio lobo solitário. Gosto de ficar sozinha, gosto das coisas do meu
jeito. Já morei com muita gente nos lugares que citei e todas as convivências
me fizeram crescer muito.
Sou
escritora, tradutora, revisora. Realizo serviços solitários que dependem apenas
de mim. Trabalho bem comigo mesma como companhia.
- Mas e quando você casar? O que vai fazer com tudo que
comprou?
Sinceramente?
Tudo
isso está tãããão longe de acontecer que é incabível eu deixar de comprar a cama
dos meus sonhos agora só porque um dia talvez eu possa vir a ter um marido e, então,
ter que trocar de cama. Se houver marido. Se eu casar. E isso não me preocupa,
mas, se acontecer, provavelmente ele vai curtir todas as coisas nerds que
tenho. E essa foi a pergunta mais boba que me fizeram.
Estou
feliz e assustada, que é como todo mundo se sente diante de algo novo. Mas sei
que consigo fazer isso dar certo, até porque posso estar morando sozinha, mas
sou rodeada de amigos e familiares que me apóiam e estão felizes por essa minha
nova etapa.
Sejam bem-vindos
à Mansão Blackmountain!
1 comentários:
Hola guapa, me gustan tus textos, un placer.
24 de janeiro de 2013 às 07:16te dejo mis saludos desde Valencia.
feliz semana.
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